O que é?
A gravidez é um período de mudanças psicológicas e fisiológicas intensas no corpo da mulher, que exige uma série de cuidados importantes para garantir a saúde da criança e da mulher, principalmente, cuidados relacionados à saúde vascular, que podem evitar doenças graves como embolia pulmonar, varizes e a trombose gestacional.
Para falarmos de trombose gestacional, é fundamental compreender o conceito de trombose e os tipos de trombose que podem ocorrer durante a gestação. A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em um ou mais vasos sanguíneos das pernas ou das coxas.
Esse coágulo de sangue bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. É uma doença bastante comum, com aumento importante de chances de ocorrer durante esse período tão importante para mulher.
A grande preocupação da trombose venosa, é que esse coágulo se desprenda e caminhe até os pulmões, causando o que pode ser caracterizado como embolia pulmonar. Durante o ciclo gravídico e puerperal, a mulher se torna mais propensa a ter trombose. Estima-se que cerca de 180 mil novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano.
Sintomas
Apesar de não apresentar sintomas em alguns casos, na grande maioria deles, a trombose pode ser identificada. É importante prestar atenção aos possíveis sinais e sintomas para procurar ajuda médica o mais rápido possível. Quanto mais cedo a trombose for tratada, melhores são os prognósticos do paciente. Então, fique atenta se você ou alguém próximo apresentar algum dos seguintes sinais e sintomas:
- Inchaço nas pernas, principalmente tornozelo e panturrilha;
- Vermelhidão e calor no local afetado;
- Dor ou sensação de peso;
- Rigidez da musculatura.
- Sintomas súbitos
- Sintomas localizados em um dos membros; raramente acontece nos dois ao mesmo tempo
Fatores de risco que aumentam as chance de desenvolver trombose:
- Predisposição genética;
- Gravidez;
- Imobilidade provocada por prolongadas internações hospitalares;
- Dificuldade de movimentação durante viagens longas em aviões e ônibus;
- Trombofilia;
- Terapia de reposição hormonal;
- Uso de anticoncepcionais ;
- Varizes;
- Cirurgias;
- Tabagismo.
O que fazer em caso de suspeita de trombose?
Na presença de qualquer sinal ou sintoma que possa ser indicativo de trombose na gravidez, a mulher deve imediatamente se dirigir ao pronto-socorro, já que a trombose é uma doença grave, que pode causar embolia pulmonar na mãe caso o coágulo se desloque até os pulmões, gerando sintomas como falta de ar, tosse com sangue ou dor no peito.
Já quando a trombose surge na placenta ou no cordão umbilical, geralmente não há sintomas, mas a diminuição dos movimentos do bebê pode indicar que algo está errado com a circulação sanguínea, sendo, também, necessário procurar atendimento médico nesta situação para que o tratamento mais adequado seja realizado, garantindo a saúde da mãe e do bebê.
Como é feito o diagnóstico?
Se você estiver com algum sintoma, o médico examinará suas pernas, sendo fundamental o diagnóstico com Ultrassom Doppler, que confirma a suspeita.
Como é feito o tratamento?
A trombose na gravidez é uma condição perfeitamente tratável e tem cura, e o tratamento deve ser indicado pelo médico obstetra em conjunto com médico vascular, normalmente, inclui o uso de injeções de medicamentos anticoagulantes, que ajudam a dissolver o coágulo, diminuindo o risco de formação de novos coágulos e normalizando o fluxo sanguíneo.
Na maioria das vezes, o tratamento para trombose na gravidez deve ser mantido até ao final da gestação e até 3 meses após o parto, pois durante o nascimento do bebê, seja por parto normal ou cesárea, as veias abdominais e pélvicas das mulheres sofrem lesões que podem aumentar o risco de formação de coágulos.
Como evitar a trombose na gravidez?
Alguns cuidados para evitar a trombose na gravidez são:
- Utilizar meias de compressão desde o início da gestação, caso recomendado pelo seu vascular;
- Fazer exercício físico leve regular, como caminhadas ou natação, para melhorar a circulação do sangue;
- Evitar ficar mais de 8 horas deitada ou mais de 1 hora sentada;
- Não cruzar as pernas por tempo prolongado, pois dificulta a circulação de sangue nas pernas;
- Ter uma alimentação saudável, pobre em gordura e rica em fibras e água;
- Fazer exercícios físicos regulares;
- Não consumir álcool e outras drogas;
- Não fumar ou conviver com pessoas que fumam, porque a fumaça do cigarro pode aumentar o risco de trombose.
Caso apresente a suspeita, procure imediatamente o atendimento médico vascular.